segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Os limites me deixam mudo



"(...)Quando penso nos limites que circunscrevem as ativas e investigativas faculdades humanas; quando vejo que esgotamos todas as nossas forças em satisfazer nossas necessidades, que apenas tendem a prolongar uma existência miserável; quando constato que a tranquilidade a respeito de certas questões não passa de uma resignação sonhadora, como se tivéssemos pintado as paredes entre as quais jazemos presos com feições coloridas e perspectivas risonhas - tudo isso, Guilherme, me deixa mudo. Meto-me dentro de mim mesmo e acho aí um mundo! Mas antes em pressentimentos e obscuros desenhos que em realidade e ações vivas. E então tudo paira a minha volta, sorrio e sigo a sonhar, penetrando adiante no universo.(...)"

Johann Wolfgang Goethe - Os sofrimentos do Jovem Werther


Santa bazzinga Batman! A grande maioria das pessoas se diz honesta e quando vamos ver, escondem suas inclinações para satisfazer suas necessidades. O sofrimento não está no limite, está em não se acostumar com ele, o mascarando com devaneios e mentiras que tornam por algum tempo as coisas mais suportáveis.

Isso me lembra um professor de filosofia. Ele citou algumas vezes, do mesmo livro do fragmento acima, não lembro literalmente, mas era algo do tipo "acima de tudo, lembra-te de viver". E no fim das contas, isso é o que importa. Deixar de lado as máscaras e os fingimentos e viver. Afinal, a grande maioria nasce pra isso!


(NÃO É AUTO-BIOGRÁFICO!)

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